To Be Hero X: entenda a história, o universo e por que esse anime está chamando tanta atenção
Por Pablo Moura • Publicado em 06/04/2025 • 8 min de leitura

To Be Hero X: o anime que mistura crítica social humor nonsense e heróis mascarados
Com apenas um episódio lançado, To Be Hero X já entrou no radar dos otakus mais atentos — e nas tendências do Google. O anime chegou com visual ousado, ritmo acelerado e uma história que parece insana à primeira vista... mas que esconde muito mais do que aparenta.
Diferente de outras estreias da temporada, To Be Hero X não tenta ser apenas mais um battle shounen. Ele traz um universo original, visual estilizado em 2D/3D, personagens misteriosos e um enredo que critica diretamente o culto aos super-heróis e à vigilância disfarçada de justiça.
Se você está curioso com o que está por trás desse anime maluco — ou quer entender melhor sem precisar esperar episódio por episódio — este guia é pra você.
O que é To Be Hero X?
To Be Hero X é um anime de ação e sátira que funciona como continuação espiritual de dois projetos anteriores: To Be Hero (2016) e To Be Heroine (2018). Todos fazem parte de uma colaboração internacional entre China, Coreia do Sul e Japão — com produção liderada pelo estúdio Paper Plane Animation e distribuição pela Bilibili.
Diferente dos animes japoneses tradicionais, essa série aposta em um visual híbrido, fluidez experimental e humor ácido misturado com crítica social. É uma produção ousada, que mistura estética de webcomic chinesa com dinâmica cinematográfica e storytelling imprevisível.
Mesmo quem não viu os animes anteriores consegue entender To Be Hero X — mas alguns personagens e conceitos ganham mais camadas para quem conhece o universo original.
Qual é a história de To Be Hero X?
Em um mundo onde pessoas com superpoderes governam com mãos de ferro, o que acontece com os "cidadãos normais"? Em To Be Hero X, essa desigualdade é o ponto de partida para uma história cheia de ação, sátira e reflexões surpreendentes.
A trama se passa em uma metrópole futurista dividida por classes: os "poderosos", que possuem habilidades especiais, vivem no topo da sociedade. Já os "comuns" são constantemente oprimidos, vigiados e punidos — mesmo sem cometer crimes reais.
Nesse cenário, surge um herói mascarado misterioso conhecido apenas como "X". Sem superpoderes, ele enfrenta os "heróis oficiais" do sistema usando inteligência, coragem, sarcasmo e... uma boa dose de improviso.
O que torna essa história diferente?
O protagonista de To Be Hero X não quer apenas salvar pessoas ou enfrentar vilões. Ele quer desconstruir o próprio sistema de "justiça", expondo suas falhas e mostrando como o poder corrompe — mesmo nas mãos de quem se diz herói.
Apesar do estilo visual cartunesco e humor escrachado, a série lida com temas profundos como:
- vigilância estatal e censura
- desigualdade social
- identidade e manipulação midiática
- culto ao heroísmo e à força como solução única
Essa abordagem faz com que To Be Hero X lembre, em essência, obras como The Boys, Watchmen e até Psycho-Pass — só que com muito mais zoeira no processo.
É um anime que faz rir e pensar — às vezes, ao mesmo tempo.
Personagens principais: quem é quem em To Be Hero X?
O universo de To Be Hero X é habitado por personagens excêntricos, estilizados e cheios de camadas — mesmo os que parecem caricatos à primeira vista. Aqui estão os principais nomes que ajudam a movimentar essa história irreverente e crítica:
"X" — o protagonista mascarado
Pouco se sabe sobre sua identidade real, mas ele é conhecido apenas como X. Sem superpoderes, ele desafia a autoridade dos “heróis” usando habilidade estratégica, carisma sarcástico e gadgets improvisados.
Seu visual é marcante: sobretudo preto, máscara de caveira com olhos iluminados e movimentos que misturam agilidade ninja com humor pastelão.
Mas por trás da comédia, X é movido por um senso profundo de justiça e rebeldia.
Ele representa o “herói da minoria”, que age não por glória — mas por necessidade.
A Autoridade dos Heróis
Organização formada por “protetores” oficialmente autorizados a manter a ordem, mas que agressivamente controlam os cidadãos comuns. Os integrantes possuem uniformes padronizados, aparência estilizada e atitudes questionáveis — mais preocupados com popularidade do que com justiça real.
Os aliados e rebeldes
Conforme a trama avança, surgem outros personagens que não se encaixam no sistema:
- Cidadãos marginalizados que questionam a estrutura social
- Rebeldes mascarados com seus próprios métodos
- Inteligências artificiais e repórteres independentes
Cada um traz uma visão diferente sobre o que é ser herói — e isso alimenta o conflito interno de X.
Vilões? Ou apenas engrenagens do sistema?
Uma das graças de To Be Hero X é que nem todos os vilões são 100% maus, e nem todo herói é confiável. A série brinca com essa ambiguidade o tempo todo — um lembrete de que poder e justiça nem sempre andam juntos.
Estilo visual e animação: ousado, estilizado e diferente de tudo
Um dos primeiros choques ao assistir To Be Hero X é o visual. Longe do traço “padrão” dos animes tradicionais, a série aposta em um estilo híbrido entre 2D, 3D e cel shading, com cenários vibrantes, ângulos dinâmicos e uma fluidez que parece saída de um jogo de luta estilizado.
É como se você estivesse assistindo uma mistura de:
- Animação de webcomic coreana (manhwa/manhua)
- Cinemática de jogo estilo Arknights
- Um filme experimental com muito neon, zoom e distorções de tela
O visual divide opiniões — e esse é o ponto
Alguns espectadores amaram o estilo ousado, que reforça o tom satírico e caótico da série. Outros acharam confuso ou “poluído demais”.
Mas essa escolha visual não é gratuita: ela reflete o mundo distorcido e disfuncional em que a história se passa, onde realidade e propaganda colidem o tempo todo.
A forma como as cenas são apresentadas reforça a sensação de que tudo ali é “exagerado demais para ser real” — o que faz todo sentido no contexto da crítica da série.
Exemplo de destaque visual
- Lutas em plano sequência com câmeras impossíveis
- Efeitos de tela inspirados em redes sociais e reality shows
- Uso criativo de letreiros, texto na tela e memes visuais
Mesmo que você estranhe nos primeiros minutos, o visual se torna parte essencial da identidade de To Be Hero X. E se você curte inovação, essa é uma das produções mais criativas visualmente da temporada.
Temas centrais de To Be Hero X: além da comédia nonsense
Mesmo com visual maluco, piadas absurdas e personagens excêntricos, To Be Hero X está longe de ser “só mais um anime engraçado”.
Por trás da fachada cômica, a série traz uma crítica direta à forma como o poder é exercido, consumido e romantizado. É um anime que fala sério sem parecer sério — e por isso mesmo consegue atingir em cheio.
1. Crítica à ideia de “herói oficial”
Os “heróis licenciados” do mundo de To Be Hero X se comportam como celebridades, autoridades e justiceiros ao mesmo tempo — mas nem sempre agem com empatia ou justiça real. Eles seguem ordens, ignoram contextos e usam a violência como ferramenta padrão.
Isso levanta a pergunta: “o que torna alguém realmente heróico?”
2. Opressão disfarçada de segurança
A série questiona a presença constante da vigilância, dos julgamentos públicos e da falta de espaço para o contraditório. Os “comuns” vivem com medo de serem considerados culpados só por existir — e X é a resposta a essa opressão.
3. Manipulação da mídia e culto à imagem
Muitos eventos da história são moldados não pelo que acontece de fato, mas por como são apresentados ao público. A narrativa brinca com transmissão ao vivo, slogans, propaganda visual e distorções intencionais — um espelho direto do mundo real.
4. Identidade e desconstrução do “eu ideal”
O protagonista X é uma figura mascarada, anônima, coletiva — ele pode ser qualquer um que se recuse a aceitar o sistema como está. A ideia de esconder a identidade vira ferramenta de resistência e símbolo de luta.
5. Humor como resistência
Sim, o anime é engraçado. Mas o humor aqui é um mecanismo de sobrevivência em um mundo caótico, e também uma arma poderosa contra a ordem estabelecida. Rir é uma forma de resistir — e o anime sabe disso.
Vale a pena assistir To Be Hero X?
Se você curte animes diferentes, que misturam ação estilizada com sátira inteligente e crítica social, então sim — To Be Hero X merece sua atenção.
Não é um anime tradicional. Ele é ousado, caótico, exagerado e cheio de estilo. Mas por trás da estética carregada e do humor nonsense, há uma mensagem clara sobre poder, identidade e liberdade — temas mais relevantes do que nunca.
Onde assistir To Be Hero X?
A série está sendo lançada com exclusividade na Crunchyroll, com episódios semanais e legendas em português.
🔗 Assista To Be Hero X na Crunchyroll
Trailer oficial:
Conclusão
To Be Hero X pode ser o anime mais “diferentão” do ano — e talvez justamente por isso, um dos mais necessários.
Ele quebra padrões, ri na cara do sistema e oferece um tipo de experiência que faz pensar sem perder o ritmo.
Assista com a mente aberta, o senso crítico ativado e prepare-se para rir, questionar e se surpreender.
Já assistiu ao primeiro episódio? Ficou curioso com a proposta?
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Redator Chefe do GeekNews, entusiasta de tecnologia, games e pintura de miniaturas. Escreve com olhar analítico sobre cultura pop, buscando sempre conectar tendências e inovações com o universo geek.
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