Tarifas de Trump: China confirma que reduzirá importação de filmes dos EUA
Por Ana Luiza • Publicado em 10/04/2025 • 2 min de leitura

As recentes tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, provocaram um impacto significativo em Hollywood, com a China anunciando uma redução nas importações de filmes americanos em resposta. A Administração Chinesa de Cinema, que regula a distribuição e as cotas de filmes no país, emitiu um comunicado na última quinta-feira. Nele, a entidade classificou as tarifas americanas como abusivas e afirmou que tais medidas 'inevitavelmente reduzirão a preferência do público chinês por filmes americanos'. A declaração também ressaltou que a China seguirá as regras do mercado e respeitará as escolhas do público, moderando a importação de filmes dos EUA. O comunicado destacou ainda a abertura da China para filmes de qualidade internacional, visando atender à demanda do mercado local.
O mercado cinematográfico chinês é crucial para muitas produções de Hollywood, sendo notório que filmes como 'Need for Speed', 'Deuses do Egito', 'Kung Fu Panda 3', 'Truque de Mestre 2' e 'Os Mercenários 3' obtiveram mais receita na China do que nos Estados Unidos. A competição entre os mercados chinês e americano é acirrada, com a China posicionando-se como um dos maiores mercados globais de cinema. Este ano, por exemplo, viu o lançamento de 'Ne Zha 2' no Ocidente, uma animação que arrecadou mais de US$ 2 bilhões na China, tornando-se a maior bilheteria de uma animação na história.
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A decisão da China vem após Trump anunciar um pacote de tarifas que afetam vários países, provocando retaliações similares de várias nações. A China, uma das economias que mais cresce no mundo, foi significantemente afetada e prontamente respondeu com medidas próprias. Vale ressaltar que a restrição a filmes americanos na China não é uma novidade, pois o país historicamente permite a entrada de apenas alguns filmes americanos em seu circuito comercial. Desde que Xi Jinping assumiu a liderança, ele tem focado em reduzir a influência cultural ocidental na China, incluindo no cinema, que é uma significativa ferramenta de exportação cultural dos Estados Unidos.
Até o momento, o governo chinês não emitiu um comunicado oficial além do mencionado, portanto, a situação ainda contém elementos de especulação.
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Apaixonada por animes e mangás desde a infância, cobre lançamentos, bastidores e curiosidades do Japão pop. É especialista em Crunchyroll, estreias sazonais e fandoms de cultura otaku.