Julgamento de Russell Brand marcado para 2026

O renomado ator e comediante Russell Brand declarou-se inocente em relação às acusações de estupro e assédio sexual que enfrenta no Reino Unido. O julgamento, que promete atrair muita atenção midiática, está agendado para começar em 3 de junho de 2026.

Brand compareceu ao tribunal de Londres na última sexta-feira (30) para tratar de questões burocráticas relacionadas ao processo. As acusações incluem estupro, assédio, estupro por via oral e assédio sexual, com eventos ocorrendo entre 1999 e 2005, envolvendo quatro mulheres diferentes.

As investigações ganharam força após reportagens feitas pelo Channel 4 e pelo The Sunday Times. Entre as alegações, Brand teria estuprado uma mulher em Bournemouth em 1999, agredido outra em Westminster em 2001 e cometido outros atos de violência sexual entre 2004 e 2005, também em Westminster.

Em março, o Sunday Times publicou um artigo em que quatro mulheres acusavam Brand de crimes sexuais ocorridos entre 2006 e 2013. Uma das vítimas afirmou que tinha apenas 16 anos na época, enquanto Brand tinha 30, descrevendo um relacionamento "emocional e sexualmente abusivo". Ela ainda alega que ele retirou o preservativo sem seu consentimento e a pressionou a ler trechos de Lolita de Vladimir Nabokov, obra polêmica por tratar de um amor obsessivo de um homem por uma criança.

Outra mulher relatou ter sido estuprada por Brand em 2012 em sua própria casa, enquanto uma terceira, que trabalhou com ele em Los Angeles, disse ter sido agredida sexualmente em 2013, sendo ameaçada para manter silêncio.

Essas acusações não são uma novidade completa, como revela o documentário Russell Brand: In Plain Sight. O comediante Daniel Sloss mencionou que histórias sobre Brand circulavam há anos, com mulheres alertando umas às outras sobre seu comportamento.

Brand, antecipando a publicação das reportagens e do documentário, gravou um vídeo onde nega todas as acusações, classificando-as como "um ataque coordenado".