Goro Miyazaki, filho do renomado Hayao Miyazaki e também integrante do Studio Ghibli, compartilhou suas perspectivas sobre a inteligência artificial em uma entrevista à Agence France-Presse. Ele expressou admiração pela capacidade tecnológica atual, sugerindo que em breve, possivelmente em dois anos, poderemos ver um filme totalmente produzido por IA.

Apesar de reconhecer o potencial da inteligência artificial, Goro enfatizou a singularidade das obras do Studio Ghibli. Ele mencionou que as animações do estúdio, como o premiado 'O Menino e a Garça', possuem uma profundidade única, enraizada nas experiências pessoais de seus criadores com a guerra. Hayao Miyazaki e Isao Takahata, este último diretor de 'O Conto da Princesa Kaguya' e falecido em 2018, foram destacados como influências fundamentais na abordagem madura das narrativas do estúdio.

Goro Miyazaki também lembrou uma crítica feita por seu pai, Hayao Miyazaki, em 2016, sobre o uso de IA em animações. Durante uma demonstração de tecnologia, Hayao expressou desgosto, rejeitando a ideia de incorporar tal tecnologia em seu trabalho artístico, considerando-a um insulto à vida. Essa posição revela o ceticismo de alguns artistas veteranos quanto ao uso de inteligência artificial na criação artística.

A discussão sobre o uso de IA na indústria cinematográfica continua a ser um tema polarizador. Profissionais como diretores, atores e roteiristas têm opinado sobre as implicações éticas e estéticas do emprego dessa tecnologia em suas obras. Conforme a IA avança, esse debate parece destinado a se intensificar nos próximos anos.