29

abr

Thunderbolts: A Autocrítica da Marvel em um Novo Filme Satírico

Thunderbolts: Reflexão e Sátira no Universo Marvel

'Thunderbolts' emerge como um comentário metafórico sobre o estado atual dos filmes de super-heróis. Desenvolvido pelos roteiristas Eric Pearson e Joanna Calo, o filme explora a ideia de que o Universo Cinematográfico Marvel (MCU) está consciente de sua própria saturação. Kevin Feige, a mente por trás do MCU, parece buscar uma nova direção ao incorporar a metalinguagem, uma abordagem que reflete sobre os próprios tropos do gênero.

A trama gira em torno de Valentina Allegra de Fontaine, interpretada por Julia Louis-Dreyfus, uma diretora da CIA que tenta criar um novo herói que seja completamente controlável, em contraponto aos Vingadores, que atuavam com maior autonomia. O filme introduz personagens como Yelena Belova (Florence Pugh) e John Walker (Wyatt Russell), que são manipulados para servir aos interesses obscuros de Valentina, desencadeando uma série de eventos que culminam em um confronto significativo.

Análise Crítica e Desempenho dos Personagens

O filme tenta balancear a ação com uma crítica social sobre a criação e a exploração de heróis. Florence Pugh, como Yelena, destaca-se não apenas pela sua atuação, mas também pela profundidade dada à sua personagem, que luta contra a manipulação e a perda de autonomia. No entanto, outros personagens não conseguem se desvencilhar de uma certa superficialidade, apesar dos esforços para trazer dinâmicas interessantes e humor menos convencional.

A direção de Jake Schreier e a fotografia de Andrew Droz Palermo são criticadas por não conseguirem se distanciar das tonalidades cinzentas que têm dominado as produções recentes do MCU. A trilha sonora de Son Lux tenta evocar um tom mais sombrio, mas não consegue sustentar uma presença marcante.

Conclusão: A Sátira é Suficiente?

Embora 'Thunderbolts' faça uma tentativa válida de satirizar e refletir sobre a fórmula desgastada dos filmes de super-heróis, ele luta para alcançar o impacto emocional e a relevância crítica de obras mais ousadas no gênero. O filme aponta para uma possível exaustão do MCU em reinventar seus heróis sem realmente oferecer uma solução clara ou um novo caminho a seguir.

RELATED

Posts