Um Olhar Retrospectivo sobre o Legado de Advance Wars: Dual Strike

No dia 22 de agosto de 2025, Advance Wars: Dual Strike celebra duas décadas de existência, uma ocasião que nos leva a revisitar as características únicas de criação de conteúdo do jogo que anteciparam tendências futuras na indústria dos games. A chuva encharcava o capacete do meu soldado de infantaria enquanto ele avançava, mal distinguindo as silhuetas dos prédios cinzentos 30 metros à frente. Então, o inesperado aconteceu: uma emboscada de tanques, caminhões de reconhecimento e soldados armados com bazucas emergiram da névoa, destruindo minhas defesas antes que eu pudesse reagir.

Para mim, Advance Wars: Dual Strike era como um jogo de xadrez em um tabuleiro de explosões, onde a campanha solo parecia um confronto contra crianças aprendendo a mexer com peões. Os modos adicionais, especialmente o Versus, eram verdadeiros campos de batalha que me permitiam personalizar e enfrentar desafios intensos. Esses modos foram um sinal precoce de para onde a indústria dos jogos estava caminhando.

Memórias de um Jogo Revolucionário

Ainda com 12 anos, inseri o cartucho de Dual Strike no meu Nintendo DS, sabendo que buscava estratégia, não apenas espetáculo. Já havia dedicado horas a Fire Emblem: The Sacred Stones, garantindo a sobrevivência de cada personagem. As missões iniciais de Omega Land não desafiavam meu potencial, mesmo em dificuldades elevadas. A introdução de habilidades de CO, como dar um segundo turno às unidades ou aumentar seus ataques, divertia, mas parecia trapaça. Eu ansiava por cenários onde não fosse uma força imparável.

Na sala de guerra e no modo Versus, encontrei meu laboratório. Desabilitava habilidades de Max e removia restrições do inimigo, enfrentando meu rival Hawke em mapas que exigiam domínio total de batalhas aéreas, terrestres e marítimas. A cada turno, era testado: construir tropas, decidir onde enviá-las e qual frente reforçar ou arriscar.

Criatividade e Desafios Pessoais

Quando os desafios pré-definidos tornavam-se monótonos, o editor de mapas de Dual Strike era um tesouro. Criava ilhas onde o controle naval decidia a guerra ou cenários com recursos escassos que forçavam decisões arriscadas. A satisfação vinha ao vencer algo projetado para ser injusto, um curso de obstáculos tortuoso criado por mim mesmo.

Um Legado Duradouro

Refletindo, Dual Strike me ensinou a lidar com falhas, tornando as vitórias mais doces. Plantou a semente da criatividade, motivo pelo qual ferramentas como o Fortnite Creative e o Battlefield Portal são cruciais para minha carreira. Empowerment dos jogadores vem de oferecer-lhes ferramentas para criar suas experiências.

Hoje, ao revisitar Advance Wars: Dual Strike, busco o caos personalizado, confrontando mapas quase impossíveis que criei. A chuva ainda cai, a névoa permanece densa, e Hawke continua à espreita. E, provavelmente, ele vai me vencer.