A Armadilha Claustrofóbica de 'Confinado'

Confinado, uma criação sob a produção de Sam Raimi, apresenta Bill Skarsgård como Eddie, um personagem ambicioso e imerso em dificuldades financeiras, que encontra um carro de luxo desbloqueado e decide roubá-lo. O que inicialmente parece ser uma oportunidade, rapidamente se transforma em um pesadelo quando Eddie descobre que o veículo é uma armadilha montada por William, interpretado por Anthony Hopkins. Este último utiliza o sistema de som do carro para comunicar-se com Eddie, iniciando um jogo torturante de punição pelo crime cometido.

A Falha em Manter o Suspense

O filme começa com um potencial intrigante, mostrando a disparidade entre a riqueza e a pobreza urbana, e sugere uma crítica social com imagens impactantes de pessoas em situação de rua. A interação inicial entre Eddie e William cria uma atmosfera de suspense que promete evoluir. No entanto, Confinado rapidamente perde seu fôlego. A narrativa se estende em repetições de torturas e diálogos que falham em aprofundar o motivo real por trás do encontro dos personagens, resultando em uma trama que parece estagnada e superficial.

Comparação com Outras Obras e a Atuação de Hopkins

Apesar de tentar se alinhar a filmes de suspense e confinamento como Por um Fio e Drop: Ameaça Anônima, que utilizam um único cenário para construir tensão crescente, Confinado não consegue manter o interesse e a intensidade. A tentativa de transformar o carro em uma arma através de tecnologias modernas de veículos autônomos parece forçada e desconectada da premissa inicial. Além disso, a personificação de William por Anthony Hopkins, embora inicialmente eficaz, torna-se menos intimidadora à medida que o filme progride, diluindo o impacto de sua presença ameaçadora.

Confinado é uma representação de uma boa ideia que falha em sua execução, deixando o espectador com a sensação de que poderia ser mais impactante se tivesse mantido o foco na tensão psicológica e nas implicações morais de suas premissas iniciais.